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Patrono

Gonçalves Dias

  • Cadeira

    09

Biografia

Antônio Gonçalves Dias nasceu no sítio Boa Vista, na fazenda Jatobá, 14 léguas distante da vila de Caxias, sede do município, no dia 10 de agosto de 1823; faleceu a 3 de novembro de 1864, no naufrágio do Ville de Boulogne, ido de encontro à Coroa dos Ovos, no baixio dos Atins, próximo à baía de Cumã, no litoral maranhense. Filho de um reinol trasmontano, comerciante de profissão, e de uma mestiça, personificaria física e intelectualmente a tríplice fusão étnica da discutida raça brasileira, alçando-se, por força de seu estro privilegiado, do anonimato plebeu de sua origem às extremas cumeadas da glória literária, com o fazer-se o Poeta maior da nacionalidade. Clássico da língua é, na poética do romantismo brasileiro, o chefe da Escola Indianista, ou Panteísta, como querem outros; etnógrafo, dramaturgo, historiador e professor. Bacharel em Direito e Filosofia pela Universidade de Coimbra; o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro deu-lhe a qualidade de sócio efetivo, e as honras de sócio correspondente o Instituto Dramático e o Instituto Literário de Coimbra, a Sociedade de Geografia de Berlim, a Sociedade dos Antiquários do Norte e a Academia Real das Ciências, de Lisboa; D. Pedro II agraciou-o com a Ordem Imperial da Rosa, no grau de cavaleiro e deu-lhe os encargos de Inspetor da Instrução Pública nas Províncias do Norte, de chefe da Seção de Etnografia da Comissão Científica de Exploração no Ceará, e de membro da Comissão Brasileira à Exposição de Paris. É patrono nas Academias Brasileira de Letras (Cadeira nº 15 dos sócios efetivos, fundada por Olavo Bilac), Brasileira de Filologia (Cadeira nº 6, pelo escritor Renato Almeida) e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (Cadeira nº 20, por João Braulino de Carvalho).

Bibliografia

  1. “Primeiros Cantos” – Tipografia Universal de Laemmert – Rio de Janeiro, 1846.
  2. “D. Leonor de Mendonça”, Arquivo Teatral – Tipografia J. Villeneuve & Cia. Rio de Janeiro, 1847.
  3. “Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão” – Tipografia Clássica de José Ferreira Monteiro, Rio de Janeiro, 1848.
  4. “Últimos Cantos” – Tipografia de F. de Paula Brito, Rio de Janeiro, 1851.
  5. “Cantos”, Brockhaus, Leipzig, 1857.
  6. “Dicionário da Língua Tupi”, Brockhaus, Leipzig, 1857.
  7. “Os Timbiras – cantos I a IV”, Brockhaus, Leipzig, 1857.
  8. “Obras Póstumas”, por Antônio Henriques Leal – Tipografia de Belarmino de Matos (São Luís, 1868/1869), compreendendo em seus seis volumes: lº – Versos Modernos, Versos Antigos, Poemas Americanos, Hinos, Voltas e Motes Glosados, Sátiras e a “Noiva de Messina”, traduzida de Schiller; 2º – Ecos de Além Mar e Poesias Líricas; 3º – Meditação, Memórias de Agapito (fragmento), Viagens pelo Amazonas, Reflexões sobre os “Anais Históricos do Maranhão”. Resposta no jornal “A Religião” e “O Descobrimento do Brasil é devido a mero acaso?”, 4° – Paktul e Beatriz Cenci, dramas; 5* – Leonor de Mendonça c Boabdil, dramas; 6’ – Brasil e Oceania, memória.

Ficaram inéditos e perderam-se: o romance “Memórias de Agapito Goiaba” (1842), a “História dos Jesuítas” e os últimos cantos de “Os Timbiras”.

Várias de suas produções têm sido traduzidas para o alemão, inglês, espanhol, esperanto, etc.