
Cadeira Nº 12
Ana Luiza Almeida Ferro

Bibliografia
Ana Luiza Ferro nasceu em São Luís, a 23 de maio de 1966. É promotora de justiça, professora, escritora premiada, historiógrafa, poeta, conferencista internacional, oradora e declamadora festejada. Graduada em Letras e Direito pela Universidade Federal do Maranhão, é doutora e mestra em Ciências Penais pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-doutora em Direitos Humanos pela Universidad de Salamanca, Espanha, membro de honra da Sociedade Brasileira de Psicologia Jurídica, membro da European Society of International Law, do PEN Clube do Brasil, da Academia Brasileira de Direito, dentre outras instituições internacionais das quais possui diversos diplomas. Foi professora da Universidade Ceuma, é docente da Escola Superior do Ministério Público do Maranhão e integra a Comissão Gestora do Programa Memória Institucional do MPMA. Pena versátil, possui vasta bibliografia, com vários livros jurídicos, historiográficos e de poesias, e artigos, crônicas e poemas integrando diversas publicações. Tem poemas publicados em inglês e italiano. Recebeu o Prêmio “Poesia, Prosa e Artifigurative” (Itália, 2014 e 2019), a Menção Honrosa do Prêmio Pedro Calmon 2014 (IHGB), o Prêmio Literário Nacional PEN Clube do Brasil 2015 (Ensaio) e o Prêmio Vianna Moog (UBE-RJ, 2017). Foi entrevistada no Programa do Jô, da Rede Globo (2010), e homenageada na 1ª FLAEMA – Feira do Livro do Autor e Editor Maranhense (2016). É membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e na Academia Maranhense de Letras, ocupa a Cadeira n0 12, como sucessora de Evandro Sarney.
Bibliografia
1) O Tribunal de Nuremberg: dos precedentes à confirmação de seus princípios. Belo Horizonte: Mandamentos, 2002. (Baseado na monografia de conclusão do Curso de Direito)
2) Versos e anversos. Belo Horizonte: Mandamentos, 2002. (Em coautoria com o pai Wilson Pires Ferro e o tio José Ribamar Pires Ferro)
3) Escusas absolutórias no Direito Penal. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.
4) Robert Merton e o funcionalismo. Belo Horizonte: Mandamentos, 2004.
5) O crime de falso testemunho ou falsa perícia: atualizado conforme a Lei n. 10.268, de 28 de agosto de 2001. Belo Horizonte: Del Rey, 2004. (baseado na dissertação de Mestrado)
6) Interpretação constitucional: a teoria procedimentalista de John Hart Ely. Belo Horizonte: Decálogo, 2008.
7) Quando. São Paulo: Scortecci, 2008. (Poesias)
8) A odisséia ministerial timbira. São Luís: AMPEM, 2008. (Poema)
9) Crime organizado e organizações criminosas mundiais. Curitiba: Juruá, 2009. (Baseado na tese de Doutorado)
10) O náufrago e a linha do horizonte. São Paulo: Scortecci, 2012. (Poesias)
11) 1612: os papagaios amarelos na Ilha do Maranhão e a fundação de São Luís. Curitiba: Juruá, 2014.
12) 1612: os franceses na Ilha do Maranhão e a fundação de São Luís. Lisboa: Editorial Juruá, 2014.
13) Criminalidade organizada: comentários à Lei 12.850, de 02 de agosto de 2013. Curitiba: Juruá, 2014. (Em coautoria com Flávio Cardoso Pereira e Gustavo dos Reis Gazzola);
14) Mário Meireles: historiador e poeta. Curitiba: Juruá, 2015. (Homenagem ao centenário de nascimento do patrono da Cadeira nº 31 da ALL)
15) Na Casa de Antônio Lopes: posse na cadeira n. 25 [do] Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. São Luís: ESMAM, 2017. (Em coautoria com Cleones Carvalho Cunha)
16) Justiça em Kelsen e Direito em Luhmann. Curitiba: Juruá, 2018.
17) O Tribunal de Nuremberg: precedentes, características e legado. Belo Horizonte: Del Rey, 2. ed., 2019.
18) Folhas ludovicenses: artigos e crônicas. São Luis: Edições AML, 2019.
19) Discurso de posse da acadêmica Ana Luiza Almeida Ferro. Revista da Academia Maranhense de Letras. São Luís: Edições AML, n0 31, p. 19-53, out./dez., 2020.
20) O mundo cabe no meu quarto. Revista da Academia Maranhense de Letras. São Luís: Edições AML, n0 34, p. 181-182, jul./set., 2021. (Poesia)
21) Falta um. Revista da Academia Maranhense de Letras. São Luís: Edições AML, n0 31, p. 77, abr./jun., 2021. (Poesia)
Além destas referências possui numerosos artigos nas searas jurídica e historiográfica publicados em livros e revistas especializadas, entre as quais a Revista Internacional Consinter de Direito, a Revista dos Tribunais, a De Jure – Revista Jurídica do Ministério Público do Estado de Minas Gerais e a Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, além de textos de discursos ainda inéditos, crônicas e artigos veiculados nos jornais O Estado do Maranhão e O Imparcial e poesias, incluídas em variadas publicações, a exemplo da Revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional (2008), da revista italiana Il Convivio (2014 a 2019) e das obras Poetas brasileiros de hoje 1986 e Poetas brasileiros de hoje 1987. Também organizou e revisou a obra Horizontes: reflexões no Ministério Público, de Elimar Figueiredo de Almeida Silva (São Luís: Procuradoria Geral de Justiça, 2020).
Referências para estudo
1) VAZ, Leopoldo Gil Dulcio (org.). Perfis acadêmicos: fundadores da Academia Ludovicense de Letras. São Luís: ALL, 2014, p. 121-134.
2) Ilhavirtualpontocom. Informativo sobre Literatura Maranhense, n. 27, fev. 2016. Disponível em: www.joseneres.com/ilhavirtual.
3) Revista Arte & Estilo (ano 6, out. 2017, p. 162-163, e ano 7, dez. 2018, p. 94, edições bilíngues).
4) NEVES, Maria Thereza de Azevêdo. No Pantheon. São Luís: Minerva, 2019, p. 85-99.
5) FERNANDES, Ceres Costa. Discurso de recepção à acadêmica Ana Luiza Almeida Ferro. Revista da Academia Maranhense de Letras. São Luís: Edições AML, n0 31, p. 54-71, out./dez., 2020.
O NÁUFRAGO
À espera do chamado, encharco o meu
pensamento
do que emerge de dentro, do que submerge
de fora
dos ventos que colho, das entranhas que
alimento
borbulham ideias no caos oceano do eu em
mora.
Qual náufrago agarrado à tábua, órfão de
seu barco
contemplo as nuvens, que me ignoram e
passam
afundo sob os pedregulhos com que atiro e
arco
torno à superfície das águas que sitiam e
enlaçam.
Ah, quisera eu ser levada por ondas
encrespadas
à ilha de Morus, do nunca e de
depois-de-amanhã
aonde assomam sereias que não querem ser
fadas.
Mas a chuva cai e os sonhos enrijecem no
sangue
a carruagem de Apolo procura os domínios
de Pã
e eu me debato embalde, e mergulho no
mangue.
(FERRO. Maria Luiza
Almeida. O náufrago e a linha do
horizonte, São Paulo: Scortecci, 2012, p. 72).