Cadeira 32
Passamos e não voltamos mais, por que? Porque atrás de nós vêm outros, como atrás das aguas outras águas passam e se perdem nas dobras do tempo. Arrisco-me: é a renovação da natureza pelas escrituras sagradas. Há quem diga: e para definir esse fenômeno sucessivo, é que vieram os filhos, os netos, bisnetos, formadores da nossa árvore genealógica. Assim, ó nosso destino, gostando. É de Humberto de campos essa tirada: “Deus também fez o mundo defeituosamente e, no entanto, mostrou-se contente da sua obra”. Esse nosso DNA (dele e meu), com uma palpável variante: ele deveria ocupar postos públicos mais […]
O grande problema da biografia é e será sempre a técnica da abordagem. Como se entrar na vida de determinadas pessoas. Uma vida obscura poderá produzir uma bela obra histórica, mas dificilmente produzirá uma bela biografia. Muitas vezes o autor obscuro em seu trabalho usa aquele conhecido processo de exumar a história em bloco e trazer em seu bojo a figura do biografado. Em que consiste essa abordagem? Na reconstituição de épocas aparentemente mortas, de vivificação integral da vida, que leva em conta não somente personalidades marcantes, mas também figurantes que gravitam em seu redor. Sendo estes, alvo de um […]
Ao prezado amigo Dr. Tarciano Gomes “os habitantes das terras cortadas pelas encostas da histórica serra (musculoso braço da Cinta), sempre sonharam com uma melhor, mais proveitosa comunicação entre Amarante e Sitio Novo Um acontecimento histórico-geográfico emocional narrei, na última crônica das terças. Carreguei nas tintas: Serra da Desordem. Um prolongamento da Serra da Cinta. Nos idos de 1813, ocorreu violento conflito armado entre índios e sertanistas, ocasião em que morreram muitos brancos e nativos. E, o palco dessa dolorosa chacina, foi o Riacho logo batizado de – “BATALHA”, situado no sopé da tal serra do velho Grajaú. Pois bem. […]
Ao prezado amigo Dr. Tarciano Gomes As evidências são transparentes e palpáveis como as manhãs ensolaradas do verão sertanejo. Alguns historiadores discordam disto… disso… daquilo, o que comprova como é movediço o terreno por onde se aventuram todos aqueles que aceitam o desafio de desvendar…. descobrir, os mistérios, as lendas, os mitos, desta ou daquela cidade. Como se sabe, a penetração territorial do sul maranhense começou com a pisada do boi, tangido pelos sertanistas, vindos dos longes baianos e desaparecidos nas dobras do tempo. Eles foram chegando…levantando currais…semeando fazendas, rasgando chãos, de dentro. E após atravessarem a ribeira d’Parnaíba, arrancharam, […]
Puxemos o fio existencial de nossa Carolina! Pra começo de conversa, ela, a bela Carolina, à luz dos mais telúricos dos nossos historiadores, nasceu com a sina de ser capital, muito embora jamais tenha usufruído sequer, um segundo dessa utópica predestinação. Mas, no sonho popular associado à capacidade natural, ela sempre foi, a capital do nosso mundo, o mundo “sulmaranhense”. Vejamos como tomou corpo e vida esse maravilhoso “sonho-coletivo”: CAPITAL PRIMEIRA, quando em 1809 (precisamente 206 anos atrás) o guerreiro da luz, vindo lá dos históricos pastos bons, Elias F. Barros, construiu os currais de suas fazendas – no beiço […]
Estamos 90 anos, desde a passagem dos “Tenentes” pelo sul maranhense: de lá pra cá, o que aconteceu, de modo marcante, profundamente transformador da sociedade civil, extraordinários projetos/ideais, povoados de forte conteúdo político/social/cultural, capazes de nos incluir entre os 10 maiores países do mundo, dito, civilizado? Sim. O que aconteceu no campo dos Direitos Humanos, dos Direitos Sociais, valores que mais alto se alevantam e não mais aceitam “velhas costuras” que querem a qualquer preço a permanência da carcomida herança toda ela carregada de velhos ranços coronelistas e ou clientelistas? Sejamos sinceros: de lá pra cá, no cenário de instituições […]
Historicamente, Siqueira Campos e seus companheiros, em 05 de julho de 1922, na Praia de Copacabana não queriam combater e vencer as tropas de governistas e, sim, convencê-las, de que o GRITO REVOLUCIONÁRIO – era honroso, pois visava, antes e acima, de tudo, persuadi-las a aderir à sua marcha sobre o palácio presidencial e derrubar o governo corrupto, que não expressava a vontade do povo brasileiro. Foi, com certeza, a semente da COLUNA que, por dois anos trilhou pelo inóspito e desconhecido interior do nosso país. O próprio TASSO FRAGOSO, do alto de suas botas, de homem probo, militar de […]