José Carlos Sousa Silva
Cadeira nº 33
Ooutro título deste artigo poderia ter sido “Saiu na Revista”. O termo revista faz referência a este periódico de nº 33 e à atitude de ver de novo para dar destaque ao que precisa ser considerado: os objetivos de uma academia de letras e as iniciativas da Academia Maranhense de Letras para a literatura maranhense meet.google.com/sge-tzwbmto de fevereiro a junho de 2021.
O que saiu na Revista, na seção Crônicas da Academia, e o que agora se revê para destacar e também para dar mérito às inúmeras publicações deste ano, é o seguinte:
Contos – Alex BRASIL
[Maranhão, maranhenses] – Humberto de CAMPOS,
compreendendo os seguintes fascículos da Coleção Biblioteca
Escolar da Academia Maranhense de Letras:
- Coelho Neto
- Graça Aranha, Adelino Fontoura [Os Fundadores da Academia]
- Catulo da Paixão Cearense, Viriato Correia, Corrêa de Araújo
- Gomes de Souza, Pontes Visgueiro, Teixeira Mendes, Viveiros
de Castro, Tasso Fragoso - Antônio Lemos, Godofredo Viana, Magalhães de Almeida,
Sampaio Corrêa - Memórias – Poesia, 2v.
O menino que via o além – José EWERTON NETO
Balaiada – Ronaldo Costa FERNANDES
Antônio Vieira – uma quase biografia – Antônio de Abreu
FREIRE
Murmúrios e outros poemas – Mariana LUZ (Org. de Gabriela
Santana)
Humberto de Campos na Revista da Academia Brasileira de
Letras, 2v. – Almir de OLIVEIRA
Úrsula – Maria Firmina dos REIS
O sótão – Ivan SARNEY
O Conde de Giz- Antonio Carlos Lima
Apesar dos tempos difíceis, a Academia coloca à disposição da sociedade maranhense obras inéditas, além de trazer à baila autores como Humberto de Campos, pelo compromisso de restituir. O que saiu na Revista e já está nas mãos dos acadêmicos e à disposição da sociedade maranhense, além dos fascículos da Revista da AML, a qual vem cumprindo fielmente sua trimestralidade, é o que constitui a lista acima referenciada da qual destaco as obras de Humberto de Campos, de cujos textos a seleção ficou a encargo de Sebastião Moreira Duarte, autor também das notas produzidas.
O destaque que faço é pelo significado de sua publicação para a preservação da memória e da história da literatura maranhense. Ainda quanto a Humberto de Campos, refiro-me aos dois volumes, também sobre ele, de Almir de Oliveira, que tratam de Humberto de Campos na Revista da Academia Brasileira de Letras. Conforme o organizador explica, em suas primeiras palavras no volume 1 (p. 11), “é um livro feito de revista, cujos textos são de Humberto de Campos e sobre Humberto de Campos, cujo deleite estará ao bel prazer dos leitores”, já que não é este o objetivo da resenha dessa publicação. Por se negar a ousadia, este acadêmico permanece na importância do autor Humberto de Campos face à missão da Academia Maranhense de Letras, que é a de preservar a história
Na história da Literatura Maranhense há registros de homens e mulheres que deixaram sua forma particular de pensar, de sentir e de ouvir, por meio da escrita, de onde recebemos lições eternas e inesquecíveis a depender de nós, caso as coloquemos na roda do tempo, que traz de volta o que vale a pena deixar da inteligência e da cultura na produção literária.
E Humberto de Campos é um desses nomes que precisam ficar na história. Nasceu a 25 de outubro de 1886 no povoado de Miritiba, hoje município de Humberto de Campos, no Maranhão. Faleceu no Rio de Janeiro a 5 de dezembro de 1934. Foi Membro Efetivo da ABL, onde ocupou a Cadeira nº 20, e é Patrono da Cadeira nº 22 da AML
Soube viver impulsionado pela sua vocação literária. As suas obras todas merecem ser bem lidas. Sempre colocou – no que fazia, escrevia e dizia – marcas do puro maranhense, nascido, portanto, em um povoado pobre e que hoje é um município que tem o seu nome, homenagem justa, pois é merecedor de aplausos das muitas gerações que o sucederam. Escreveu muitos livros e produziu, significativamente, na condição de acadêmico em revistas tal como a da ABL.
Os textos selecionados e anotados que constituem os 6 volumes da coleção [Maranhão Maranhenses], conforme publicado na Revista da Academia Maranhense de Letras nº 33, estão à disposição dos maranhenses para que sejam lidos ou relidos pela nossa e pelas próximas gerações.